Fora de Top-10 de folhas da Série A, Cruzeiro perde disputas no mercado e ataca “doping financeiro” – Globo

O pronunciamento veio depois de o Cruzeiro praticamente sacramentar as contratações para o começo de temporada. Durante o período de busca de reforços, a gestão de Ronaldo Fenômeno somou insucessos, esbarrando, principalmente, na parte financeira para trazer atletas.

Nomes como os zagueiros Raul Gustavo e Bruno Valdéz, o meia Wellington Rato e os volantes Almendra e Lucas Romero não vieram para o Cruzeiro, após disputas perdidas pelo Cruzeiro. Grande parte, senão a totalidade, por causa da parte financeira.

Em coletiva de imprensa, na última terça-feira, Pedro Martins apontou que, na busca por jogadores no mercado, o time mineiro não tem extrapolado a questão financeira e perdido disputas por atletas.

– Muitas vezes encontramos grandes nomes, nomes muito interessantes, mas sabemos que a competição é injusta. Trabalhamos hoje em uma liga que não tem regulação, nós lutamos hoje contra o doping financeiro, contra clubes que prometem e não pagam. Mesmo perante esse contexto nós estamos aqui, dispostos a brigar, e além das brigas que estamos comprando fora de campo, que são brigas necessárias, também vamos brigar dentro de campo – afirmou o executivo.

Em pronunciamento inicial, Pedro Martins disse que o Cruzeiro assumirá estas brigas. Segundo ele, o Cruzeiro está entre as folhas mais reduzidas entre os clubes da Série A 2023. Mas, nem por isso, deixará de formar um time competitivo.

– Precisamos manter a nossa forma de jogar, a nossa ambição e precisamos buscar a vitória a todo momento, mesmo que na tabela financeira a competição nos diga o contrário. Hoje estamos na segunda parte dessa tabela, o nosso diálogo com todos que fazem parte do nosso dia a dia, é buscar um diferencial competitivo, uma forma diferente de fazer, para superar a lógica imposta pela indústria do futebol.

Pedro Martins disse ainda que houve um incremento financeiro para o Cruzeiro na Série A 2023. Entretanto, as dificuldades financeiras encontradas pelo clube ainda dificultam a atuação do clube no mercado.

– É óbvio que houve um aumento, um incremento de receitas, justamente para que o clube consiga ser competitivo também na Série A, mas ainda tá distante do que a gente imagina como ideal, principalmente porque ainda tem muita dívida para pagar. O Cruzeiro ainda vai conviver com esse cenário nos próximos anos, é um clube com uma dívida bilionária e você não consegue lidar com essa dívida, ou acabar com essa dívida do dia para noite – apontou Pedro Martins